André Rio é bastante conhecido pelo frevo. O cantor e compositor dedicou-se 20 anos ao ritmo. No entanto, seu mais novo álbum intitulado OUTRAS BOSSAS, que deu nome ao show no Teatro de Santa Isabel nesta última quinta-feira, revela sua nova fase artística: a Bossa Nova.

Antônio Pedro acompanha a carreira deAndré Rio “desde quando ele cantava no bar Maria Bonita, em Boa Viagem”, conta. Ele, assim como outros fãs do artista vão encontrar neste novo álbum, forte influência dos trabalhos de Chico Buarque, Roberto Menescal, Gilberto Gil e Milton Nascimento- também

Pixinguinha, Sivuca, Noel Rosa,Tom Jobim, Vinícius de Moraes, personalidades em que o autor se inspira desde a infância.

O pai- Alírio Moraes – promovia

saraus no bairro de São José, de onde 

cantor herdou o gosto pela música. Neste último trabalho, uniu suas raízes recifenses e cariocas para homenagear as duas cidades com uma mistura única de técnica e paixão musical.

Junto ao guitarrista Luciano Magno, André agitou o público com “Sá Marina”. Os arranjos da guitarra de Luciano ganharam vida e formaram o encaixe perfeito entre ritmo regional e samba do Rio de Janeiro. Segundo o próprio artista, esse é o “lado B” de André Rio: “Um lado que nunca esteve adormecido”, brinca ele, mas que agora decidiu realizar o sonho de fazer o OUTRAS BOSSAS.

Fabiano e Seu Quarteto de Cordas tocou Imã,

antiga canção de André, ao som de violinos e

emocionou a todos no Santa Isabel. Logo após,

Mu Chebabi subiu ao palco para fazer o público

cantar “Hoje eu quero sair só”. Também

Cezzinha com seu acordeão apaixonante e Elba

Ramalho marcaram a noite. A musa arrancou aplausos incansáveis ao cantar “Meu Amor” e “Dia Branco”.

Inédito, OUTRAS BOSSAS foi uma prévia do que serão o CD e DVD e a turnê de André Rio pelo EUA. Um show para ficar na memória do público e da crítica.

Especialmente para você, leitor, a partir de amanhã a Revista Plural divulga entrevistas exclusivas a grandes nomes da música brasileira.

Por Lais Capistrano
Fotos: Camila Pires